Sábado, 15 de Março de 2008

Depressão e Funções Cognitivas

O aparecimento de transtornos depressivos em idosos tem sido considerado um factor de risco para o desenvolvimento posterior de processo demencial.

Alguns estudos sugerem que 50% dos pacientes com depressão evoluem para quadro demencial num período de cinco anos. A comorbidade de depressão e demência contribui para o comprometimento de suas capacidades funcionais.

A depressão pode conduzir a alterações das funções cognitivas, temporariamente, muitas vezes dificultando o diagnóstico diferencial entre este quadro e demência. Por outro lado, em muitos pacientes, o início de um processo demencial do tipo Alzheimer apresenta-se com sintomas depressivos. Para além disso, existe uma associação entre sintomas depressivos e comprometimento das funções cognitivas em idosos, com ou sem demência.

Queixas de memória são comuns em pacientes deprimidos, sugerindo, tradicionalmente, o aparecimento do termo “pseudodemência depressiva”.

A relação recíproca entre depressão e demência manifesta-se da seguinte maneira: Depressão na demência, em que os sintomas depressivos constituem parte integrante do processo demencial; Demência com depressão, onde existe coexistência de ambos os fenómenos, sendo que os sintomas depressivos instalam-se num quadro demencial preexistente; Depressão com comprometimento cognitivo, em que depressão evolui com dificuldades cognitivas, particularmente, de concentração e de memória recente; Demência na depressão onde o comprometimento cognitivo resulta do processo depressivo (“pseudodemência depressiva”).

Psicóloga Clínica Carolina Rodrigues às 17:10
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Depressão nos Seniores

A depressão é uma perturbação frequente nos Seniores e está associada a um elevado grau de sofrimento psíquico.

A depressão tem sido caracterizada como uma síndrome que envolve inúmeros aspectos clínicos, etiopatogénicos e de tratamento. Quando surge tardiamente, está frequentemente associada a doenças clínicas gerais, ao isolamento social e anormalidades estruturais e funcionais do cérebro, configurando-se numa perda de qualidade de vida.

As causas de depressão no senior configuram-se dentro de um conjunto amplo de componentes, onde actuam factores genéticos, eventos vitais, como luto, abandono, doenças incapacitantes, entre outros.

As doenças crónicas e incapacitantes constituem factores de risco para depressão. Sentimentos de frustração perante os anseios de vida não realizados e a própria história da pessoa, marcada por perdas progressivas de pessoas significativas, dos laços afectivos e da capacidade de trabalho, bem como, o abandono, o isolamento social, a incapacidade de desempenhar uma actividade produtiva e a aposentadoria que absorve os recursos mínimos de sobrevivência, são factores que comprometem a qualidade de vida e predispõem o senior ao desenvolvimento de depressão.

Psicóloga Clínica Carolina Rodrigues às 17:00
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